SÃO PAULO (Reuters) – A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), do governo de Minas Gerais, cancelou a Autorização Provisória para Operar (APO) da barragem de Laranjeiras, pertencente à Vale (SA:VALE3) e utilizada na operação da mina de Brucutu, de acordo com fato relevante nesta quarta-feira.
O cancelamento ocorreu após uma decisão judicial anterior que determinou a paralisação de várias barragens, incluindo a de Laranjeiras, em um desdobramento da tragédia de Brumadinho, em 25 de janeiro.
A paralisação da mina de Brucutu, a maior mina de minério de ferro da Vale em Minas Gerais, tem impacto estimado na produção de cerca de 30 milhões de toneladas ao ano.
A Vale informou ainda que a secretaria determinou a suspensão imediata da Mina de Jangada, por entender que a Licença de Operação desta está unificada à LO da Mina Córrego de Feijão, em Brumadinho, a despeito das minas terem atos autorizativos distintos.
A Mina da Jangada já estava paralisada em consequência da paralisação da operação da mina Córrego de Feijão.
A companhia afirmou que entende que “não existe fundamento técnico e/ou jurídico ou avaliação de risco que justifique o cancelamento da APO”. Disse ainda que adotará as medidas administrativas e judiciais cabíveis quanto à referida decisão.
(Por Roberto Samora)