Por G1

A agência internacional de risco Standard & Poor’s (S&P) informou nesta quinta-feira (7) que decidiu manter a nota do Brasil em BB- com perspectiva estável (ou seja, sem previsão para novo rebaixamento), mas disse que pode elevar o rating em um prazo de 2 anos.

Em comunicado, no entanto, a S&P diz que a elevação só deve acontecer se “a dimensão e profundidade dos avanços políticos sugerirem uma recuperação mais rápida das trajetórias fiscal e de crescimento econômico que o esperado atualmente”.

Atualmente, a agência projeta que as condições fiscais do país devem melhorar “gradualmente”, o que justifica a manutenção da perspectiva estável do Brasil. “Também esperamos uma moderada aceleração do crescimento econômico e melhora da confiança dos investidores após o modo de espera antes das eleições”, disse a S&P.

A agência também lista outras condições para elevar a nota do Brasil. Uma delas é que a economia do país não continue crescendo menos que a de países que têm um nível similar de desenvolvimento.

“Finalmente, poderíamos elevar os ratings se, ao contrário de nossas expectativas, o sólido perfil externo do Brasil se fortalecer ainda mais, apesar da volatilidade global”, completou a S&P.

Condições para rebaixamento

A agência também listou motivos que a fariam cortar a nota do Brasil no próximo ano, como fraqueza inesperada na balança de pagamentos, redução do acesso ao mercado ou forte aumento na dívida externa.

“Uma deterioração significativa na credibilidade da política monetária, marcada por um aumento persistente da inflação ou enfraquecimento do comprometimento com uma taxa de câmbio flutuante, também pesaria sobre o rating”, informou a S&P.

Por último, a agência disse que pode rebaixar a nota do país se o governo adotar medidas que piorem ainda mais as condições das contas públicas ou da dívida pública.