BIARRITZ – O presidente americano, Donald Trump, disse nesta segunda-feira acreditar que a China quer sinceramente chegar a um acordo comercial com os Estados Unidos. A declaração ocorreu durante o encerramento do G-7, em Biarritz, na França.
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Falando ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron, Trump disse que a China quer “muito” firmar um acordo. Trump também chamou Xi Jinping de um “grande líder” apenas alguns dias após chamá-lo de “inimigo” dos Estados Unidos.
Durante a entrevista coletiva, o presidente dos EUA também comentou que acredita que chegará a um acordo comercial com a União Europeia (UE) sem precisar lançar tarifas à importação de carros europeus. Trump disse que os representantes da UE são duros na negociação, mas que acredita no fechamento de um acordo.
Por outro lado, Trump disse que não cogita impor tarifas aos carros japoneses “neste momento”, ao ser perguntado sobre o tema. “Isso é algo que eu posso fazer depois, se eu quiser, mas não estamos pensando nisso”, comentou. Na semana passada, EUA e Japão avançaram num texto para um acordo comercial depois de os japoneses abrirem concessões no setor de agricultura. Para Trump, a ameaça de tarifar os carros japoneses foi o motivo do avanço.
Irã
O presidente dos EUA disse também que está disposto a se reunir com o presidente do Irã, Hassan Rouhani, “sob as circunstâncias corretas”. Trump fez o comentário depois de o presidente da França, Emmanuel Macron, dizer que a cúpula do G-7 abriu o caminho para um encontro entre os líderes de Irã e EUA.
O presidente americano, no entanto, sinalizou que os EUA conversarão com o Irã sob a condição de um novo acordo que restrinja o programa nuclear e também o programa de mísseis balísticos do país do Oriente Médio.
O chefe da Casa Branca disse ainda que estaria disposto a emprestar dinheiro para o Irã enfrentar sua situação financeira por meio de letras de crédito garantidas por petróleo.
Sobre a presença surpresa do ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, como convidado no G-7, Macron, o anfitrião da cúpula, disse que informou Trump previamente e o presidente americano confirmou.