Por Marcela Guimarães da Agência Estado
São Paulo, 19/11/2020 – O Ministério de Agricultura da China informou que a produção de suínos vivos está sendo retomada e a oferta de carne e produtos derivados apresentou melhoras significativas em outubro. A China começa a reconstituir seu rebanho, que foi profundamente dizimado pela peste suína africana. Segundo instituições de saúde animal do país, a doença está controlada no país.
De acordo com monitoramentos feito pelo ministério, em outubro, o rebanho suíno da potência asiática atingiu 39,5 milhões, um aumento de 32% em relação ao mesmo período do ano passado. A atual capacidade de produção de suínos se recuperou para cerca de 88%. Seguindo essa tendência, no segundo trimestre do próximo ano, o estoque nacional de suínos voltará basicamente ao nível anterior à peste suína africana, afirma o governo chinês.
“O estoque de porcas reprodutoras e suínos vivos cresceu rapidamente, e a produção e vendas de reprodutores e leitões estão em alta”, diz o comunicado no site do ministério.
Ainda de acordo com o governo chinês, em outubro, 728 fazendas de suínos de grande escala, recém-construídas, foram colocadas em produção. Desde o início deste ano, o número total de fazendas de recém-construídas chegou a 13 mil, e outras 15 mil que ainda estavam vazias, no ano passado, começaram a funcionar este ano.
Com a chegada da temporada de pico de consumo no inverno, especialmente o Revéillon e a Festa da Primavera asiática, o governo chinês prevê aumento no consumo de carne suína. “De acordo com as estimativas, a oferta de carne suína durante o Ano Novo e o Festival da Primavera do próximo ano (dezembro de 2020 a fevereiro de 2021) aumentará cerca de 30% em relação ao mesmo período do ano passado”, estima o ministério.