O mercado físico de boi gordo entrou em novembro na mesma toada em que terminou outubro, ou seja, oferta bastante ajustada à fraca demanda e preços caminhando de lado. O volume de animais ofertados, em sua imensa maioria confinados, tem sido suficiente para que as industriam sigam se abastecendo sem gerar pressão altista no mercado. Nas ocasiões em que as escalas de abate encurtam muito, pagamentos acima da referência encontram ofertas e é nesse ritmo que o mês se inicia.
O mercado futuro que estava bem mais “animado” e havia subido forte na última semana de outubro não conseguiu sustentar os ganhos e acabou recuando, devolvendo parte do ágio sobretudo no mês de novembro, que chegou a ser cotado próximo a R$143,00 mas recuou para R$140,80 ao meio dia do pregão de 8/11. Nos vencimentos de dez/17 e jan/18 o recuo foi um pouco menor, de aproximadamente R$1,00 voltado de R$145,50 e R$146,00 para R$144,50 e R$145,00, respectivamente.
É normal e esperado que o mercado futuro antecipe as movimentações do mercado físico, porém na grande maioria das vezes o que ocorre é um exagero no movimento ou seja, subindo demais quando a tendência é de alta ou caindo demais quando a tendência é de baixa. Nessa situação, ou o físico acelera o movimento na direção antecipada pelo futuro, ou o futuro corrige o movimento, voltando a se aproximar do físico, que é exatamente o que está acontecendo agora.
É muito positivo quando ocorrem esses “exageros” do mercado futuro porque é justamente aí que surgem as oportunidades de se travar preços melhores ou então conseguir preços mínimos interessantes.
Para o final de 2017 e o início de 2018, a precificação do mercado futuro ainda continua no campo do otimismo, inclusive o diferencial de preços entre novembro e dezembro e novembro e janeiro tem aumentado nos últimos dias. Nesse ambiente é comum ocorrer exageros que podem ser aproveitados por quem terá bois para a safra de 2018. Vale a pena acompanhar de perto a movimentação do mercado futuro nesse fim de ano.