O título acima é um breve resumo do que tem acontecido no mercado físico do boi gordo nos últimos dias. 

É fato que 2018 tem sido um ano de chuva abundante, o que mantém o poder de barganha do pecuarista. Este cenário aplica-se principalmente aos estados do Norte brasileiro (PA, TO e RO) e também na porção norte de Mato Grosso e Goiás. Veja nos mapas climáticos abaixo: 


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Este é o ponto que tem se destacado pelo lado da oferta. A venda de animais do “Mato Grosso para cima” pode estar mais cadenciada frente aos negócios do Centro-Sul.

Pelo lado da demanda, o mercado interno não tem dado sinalização de retomada sólida do consumo. Já as exportações seguem fortes, principalmente em função do apetite chinês. Em mar/18, o volume embarcado foi de 121,4 mil t (+3,6% MoM e +23,8% YoY), enquanto os primeiros dados de abr/18 sinalizam um consolidado próximo de 108,5 mil t (-10,6% MoM e +54,9% YoY). O fator novo no segmento externo é a valorização do dólar contra o real. Hoje (9/4), a moeda americana encostou em 3,422 na máxima do dia. É possível que estas estimativas de abr/18 tenham alterações ao longo das próximas semanas.


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Fonte: MDIC / Radar Investimentos

Olhando para mercado físico em SP, estamos atentos às escalas de abate enxutas – ao redor de 2,7x dias úteis – já que segunda-feira é um dia típico de negócios em “banho maria”. 


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Média das escalas de abate em São Paulo com base nas pesquisas de mercado da Radar Investimentos.