SÃO PAULO  –  O dólar fechou em forte alta ante o real, a maior do ano. E, apenas nesta segunda-feira (28/5), devolveu quase toda a queda da semana passada inteira. Essa reação de preço dá uma boa ideia do grau de nervosismo dos agentes financeiros que, pela primeira vez em algum tempo, se desfizeram em conjunto de posições tanto em câmbio quanto na renda na renda fixa e na bolsa.

A sensação no mercado é que o governo sai do episódio da paralisação dos caminhoneiros com ainda menos espaço para debater e articular qualquer medida no sentido de corrigir as contas públicas. Pior: o Executivo precisou fazer concessões na casa dos bilhões de reais para os caminhoneiros, ação que vai totalmente de encontro à necessidade de ajuste das contas públicas. Ainda que a reforma da Previdência seja esperada apenas para o ano que vem, a impressão é que o momento em que ela será trazida de volta ao debate está cada vez mais distante.

**Este trecho foi retirado da notícia publicada pelo Valor Econômico pelo autor José de Castro. Embora seja apenas um pedaço do artigo, ele retrata bem o sentimento do mercado financeiro nesta segunda-feira**