Por Reuters
Investidores do Irã e Egito se reuniram nesta terça-feira (5) na Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação com representantes das empresas exportadoras de carne do Rio Grande do Sul, com o objetivo de iniciar tratativas para a exportação de gado criado no Estado. Participaram da reunião o diretor de Defesa Agropecuária da Secretaria, Antônio Carlos Ferreira Neto, e os empresários Mauro Pilz (Brasil), Davi Khoury (Brasil), Nasser Zayan (Irã) e Magdy Zaky (Egito).
Os dois países já importam gado brasileiro, mas oriundos do Centro-Oeste e Norte do Brasil, que privilegiam cruzamentos zebuínos, com aptidão para a produção de leite. Mauro Pilz destacou as diferenças entre as raças criadas no Rio Grande do Sul, de origem europeia, que, por serem raças de corte, consomem menos recursos por quilo de carne, comparadas às outras.
O empresário Magdy Zaky, que também comanda uma das maiores operações de produção de silagem do Egito, pontuou que o plano inicial é comprar gado gaúcho nos quatro meses em que o comércio com os estados do Norte fica inviabilizado, por causa do clima. A preocupação central dos investidores era se os animais criados no Sul se adaptariam facilmente às condições climáticas de seus países de origem.
“O Rio Grande do Sul apresenta grandes variações climáticas, e por isso nosso gado está totalmente adaptado a baixas e altas temperaturas”, destacou Pilz. Além disso, o diretor do DDA, Antonio Ferreira Neto, ressaltou que o controle sanitário e a certificação da Secretaria dão a garantia da qualidade dos animais que serão exportados.
A reunião foi concluída com visita técnica a uma fazenda produtora de hereford em Eldorado do Sul.