Por Valor Econômico

Os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), sinalizaram ser favoráveis à proposta de capitalização da Eletrobras, contida em Medida Provisória encaminhada pelo governo.

“O modelo agora é de manutenção do ativo e permissão da capitalização da Eletrobras. Acho uma medida tolerável”, afirmou Pacheco.

Lira disse acreditar na capitalização como uma boa medida e que a Câmara fará modificações no texto, mas que avançará com MP da capitalização da Eletrobras e entregará texto para que Senado tenha “pelo menos 20 dias para tratar do assunto”. Lira e Pacheco participam na tarde de hoje do evento “E Agora, Brasil? As propostas dos novos chefes do Legislativo para os atuais desafios do país”, realizado pelo Valor e O Globo.
Pacheco complementou, dizendo que o governo melhorou o modelo em relação a uma privatização pura e simples.

“Sou a favor das privatizações como conceito. Sou contra o chamado estado mínimo. Brasil não pode se dar ao luxo de estado mínimo com tantos déficits sociais e educacionais que temos. O governo abriu mão da iniciativa pura e simples de privatização. O modelo agora é de manutenção do ativo e permissão da capitalização da Eletrobras, de lançar ações no mercado e redução da participação societária da União para cerca de 45%”.

O presidente da Câmara voltou a defender a desvinculação das receitas do Orçamento da União. Na avaliação de Lira, o modelo atual do Orçamento “não é o melhor modelo”. Ele acredita que esse debate deve ser retomado futuramente. “Vamos chegar num modelo desse, talvez daqui a alguns anos.